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sexta-feira, 2 de maio de 2014

Início de tudo...

Na minha família, somos três irmãos, eu sou o mais velho, e desde pequenos sempre fomos muito incentivados a praticar esportes pelos nossos pais, mas o futebol e o vôlei sempre foram mais presentes na minha vida. E claro estes dois também, em nível de competição.

Na infância, o futebol com os amigos no clube eram “sagrados” aos sábados à tarde, e sempre fui responsável por organizar os “treinos” e os jogos com outros times de outros clubes, com direito a estatística e presença de todos aos eventos marcados. Era uma rotina que eu gostava de fazer, e ao mesmo tempo, era uma forma que eu via que poderia dar certo sem precisar das famosas escolhinhas de futebol e ao mesmo tempo ter uma disciplina na execução do esporte.

No início da adolescência, por volta dos onze anos, o vôlei entrou na minha vida como principal esporte mais no nível de competição e foram sete anos seguidos de treinos mais intensos. Eram rotinas de treinos de duas vezes por semana, e que as vésperas de um campeonato ou rodadas do campeonato estadual ou olimpíadas de escolas evangélicas, treinávamos três vezes por semana, e aquele momento nunca foi cansativo ou chato para mim, pois gostava do que estava fazendo e as amizades que foram feitas naquele período, são vivas até hoje, e as lembranças melhores ainda. A nossa treinadora, professora Márcia Michael, foi uma guerreira, porque trabalhar com um galera, em uma faixa etária em que estávamos aprendendo a descobrir novos limites, criar um disciplina e uma rotina, não foi uma atividade nada fácil.

Com dezesseis anos que realmente foi acionada a buzina da largada no mundo da corrida. Nunca na minha vida tinha pensando em fazer atletismo, quanto mais competir, mas ao mesmo tempo, a sensação que eu tinha após os treinos eram tão boas, que me fazia continuar aquilo. Fazia provas de revezamento 4x100m, salto em distância e salto triplo, e cheguei inclusive a me classificar para as provas da Olimpíada Evangélica da minha escola, mas acabei ficando por aí. O período escolar acabou e as corridas que tinham entrado de vez na minha vida, passaram a ser esporádicas com o inicio da faculdade, mas o futebol e o vôlei permaneceram todo este período presentes, e, além disso, ainda foi incluída a musculação, até como uma forma de poder ganhar certa massa, tendo em vista que sempre fui muito magro.

Mas foi em 2009, que tudo recomeçou. Eu morava em Porto Alegre, e na época, tinha um treinador na academia na qual eu frequentava, o professor Rodrigo Bernardo, que me viu correndo numa esteira, e me perguntou se alguma vez eu já havia corrido na rua ou feito alguma prova, pois haveria uma Maratona de Revezamento, na qual ele estava buscando pessoas para montar uma equipe para correr esta prova, e cada um deveria correr aproximadamente 5,25k. No primeiro momento, eu achava estranho e nenhum pouco motivador, tendo em vista que nunca havia treinado para uma prova “tão longa” e o tempo para preparação até a data era curto, mas ele me garantiu que seria suficiente, e que depois eu começasse, nunca mais iria conseguir parar. Lá se foram dois meses, e chegou o dia da prova. Para mim, aquele evento todo, a quantidade de pessoas envolvidas, a adrenalina pelo inicio da prova e a prova propriamente dita, me fizeram a rever meus conceitos, e literalmente, não consegui mais parar. Resultado na primeira prova? Este está até hoje na memoria, fiz em 25:37 os 5,25k.


Depois desta prova, como Porto Alegre é um local onde as provas de ruas ganharam um grande volume, e não somente em quantidade, mas em numero de pessoas praticantes, eu cheguei a participar em menos uma prova por mês. É foi aí que eu comecei com 10k, e depois foram provas de Meia Maratona (21k) até chegar no ano passado quando realizei a minha primeira Maratona (42k) no Rio de Janeiro.


O engraçado de tudo isso é que quando você começa a ter uma rotina novamente de treinos, preparação, objetivos de provas, objetivos de tempos, objetivos de distâncias, cria novas metas para você, as pessoas que vivem a sua volta, no primeiro momento, dizem ou que você é louco, por acordar as 06h da manha em um sábado ou domingo para sair para treinar, mas que num segundo momento, também começam a participar e entram na mesma ciranda, e veem o quanto aquela atividade pode fazer bem para elas também. E foi o que acabou acontecendo com a minha esposa, a Sati, que era uma pessoa que nunca tinha corrido, e passou a ser uma meia maratonista num período de 2 anos, o que me deixou muito orgulhoso dela.


Posso dizer hoje, que a corrida acabou se tornando a minha principal atividade física, tanto para o lazer quanto competição, pois ela na verdade acaba se tornando uma forma de terapia na qual eu acabo fazendo comigo mesmo durante os treinos e consequentemente fazendo novas amizades.

Ano passado quando retornei a Joinville após quase 5 anos, eu tinha colocado uma ideia na minha cabeça que era procurar um assessoria de corrida que pudesse me ajudar a melhorar a minha performance nas corridas e me dar um qualidade de vida ainda melhor. Fui orientado pelo meu colega de trabalho e amigo, Luiz Castilho, para conhecer o trabalho da Fórmula Atlética e depois decidir. Como estava tão decidido do que queria, quando fui procura-los, eu já fui para fazer a matricula e imediatamente iniciar os treinos novamente três semanas após ter corrido a Maratona do Rio, pois sabia que se acabasse deixando para fazer outro momento, acabaria sempre achando uma desculpa para não fazer, e poderia até não voltar mais.


 Estou hoje a dez meses sob a orientação do Rafael e da Evana na Formula Atlética, e tive resultados em termos de desempenho surpreendentes pelo curto espaço de tempo que estou treinando. Neste período, eu reduzi o tempo em prova de 10k em 4 minutos, reduzi tempo de prova de 5k em 3 minutos e reduzi meu tempo em prova de 21k em 7 minutos.


O primeiro objetivo agora mais próximo é a Maratona de Porto Alegre, que será no dia 18 de maio, e que é conhecida como a prova mais rápida no Brasil hoje. Mas em termos de projetos futuros, tem uma prova que não me sai da cabeça e que eu preciso e irei fazer ano que vem no começo do ano, é a Travessia Torres Tramandai (TTT), que é uma Ultramaratona de 82k pela praia, ligando as duas praias no litoral do Rio Grande do Sul. Mas estes são os de curto prazo prazo.


Neste período de quase cinco anos de treinos, eu aprendi muita coisa com as corridas de rua. Primeiro, o respeito com as pessoas e o meio ambiente que nós vivemos, o cuidado que devemos ter com o ambiente onde estamos utilizando. Segundo, a controlar a ansiedade, pois eu via que não adiantava eu querer fazer 10k em 40 minutos, se não tivesse treinado para isto, ou pelo menos me planejado para atingir esta meta. Terceiro, se você pretende chegar a algum lugar ou atingir uma meta pessoal, isso somente depende de VOCÊ, e para isso, precisa ter foco e disciplina na preparação para a sua realização. Vivemos de ações.

E para finalizar :  "A força não provém da capacidade física, e sim de uma vontade indomável.” - Mahatma Gandhi


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