Conquistando qualidade de vida... (relato Sandra Vitorino)

Conquistando qualidade de vida...

Passei minha infância correndo livre nos campos de gramado verdinho, andando de bicicleta no quintal de casa, de barro vermelho, em uma fazenda canavieira no interior de São Paulo. Era  franzina até entrar na puberdade, mas comecei a ganhar peso mesmo, depois da primeira gravidez. 

Nessa época também me tornei hipertensa e a fazer uso de medicação. Passei um bom tempo fazendo dieta, emagrecia com facilidade, mas também voltava a engordar e vivia sob o “efeito sanfona”. Mais uma gestação, hábitos alimentares nada saudáveis, sedentarismo e fatores hereditários me trouxeram aos 35 anos o diagnóstico de diabetes tipo II e mais medicamentos. 

Passei a fazer caminhadas, frequentar academia, mas nunca fui muito regular com atividade física. O trabalho sempre em primeiro plano, fazia com que eu desistisse rápido, além de cuidar pouco da alimentação, passar várias horas sem comer, pular refeições, consequentemente a pressão arterial  se apresentando descontrolada e a glicemia cada vez mais alta. Passei por vários médicos e por alterações medicamentosas, me animava em retornar para a academia, a fazer caminhada. Mas a rotina me arrastava sempre para os maus hábitos. Porém, no início do ano, uma série de sintomas  como amortecimento e formigamento dos pés, sudorese, tontura, cansaço me levaram a procurar um endocrinologista.  A bateria de exames mostrou uma série de alterações: hepáticas, endócrinas e renais. Como sou portadora de duas doenças crônicas: a hipertensão e a diabetes, as lesões em órgãos importantes como rins, fígado, pâncreas e coração são arrasadoras. Os riscos de amputação de membros inferiores, AVC e infarto são redobrados. O médico foi bem direto e realista me colocando que se eu não mudasse as minhas atitudes agora, não teria outra chance. Antes de iniciar a insulina ele propôs uma última tentativa: mudança de hábitos alimentares com dieta restritiva de  açucares,  adesão a atividade física  e perda de peso. 

E foi aí que a Fórmula Atlética apareceu na minha vida. Uma amiga me falou que estava participando de grupos de  corrida e me deu um cartãozinho com o endereço do estúdio. Inicialmente pensei somente em fazer uma avaliação para saber como estava o meu estado físico, mas me senti tão bem acolhida e percebi o quanto seria interessante  ter um plano personalizado, com um professor me orientando o tempo todo, num espaço apropriado para as minhas dificuldades e limitações. 

Em três meses de atividade física, os resultados foram surpreendentes: perdi peso, ganhei energia, meus índices glicêmico e arterial estão controlados, minha qualidade de vida é outra. Sei que o profissionalismo do Rafael  contribui muito para o meu ótimo desempenho. Ele me incentiva a continuar sempre, a superar os meus limites, acredita que eu sou capaz de vencer os obstáculos. Em março, quando iniciei com atividade aeróbica não conseguia pular corda e nem soltar as minhas mãos na esteira. Subir um lance de escada me deixava exausta. Hoje está muito diferente, ando 5 km sem me cansar, corro na esteira e caminho todos os dias. Nos dias que não vou para a Fórmula Atlética, frequento a academia ao ar livre na praça do meu bairro. 

Hoje não me vejo sem fazer atividade física. Quando a chuva me impede, sinto muita falta de me exercitar, então coloco uma música bem alegre e danço. Estou curtindo muito os elogios: “nossa como você está bem...como você emagreceu... está mais bonita”..., principalmente dos meus filhos Heloísa e Guilherme e da minha nora Luciana, que é nutricionista e cuida do meu cardápio.  

Me sinto mais jovem e muito mais disposta. Quando fiz a avaliação física em março levei um choque com o resultado da minha idade metabólica: 70 anos, em junho repeti o exame, para surpresa: 46 anos.  Emocionalmente me sinto uma garotinha descobrindo os grandes prazeres da vida. 

Obrigada Rafa e Evana, penso que a jovialidade de vocês me contaminou, fazendo com que eu resgatasse em mim potencialidades que considerava perdidas. Agora tenho uma meta a perseguir: quero me preparar fisicamente para os grupos de corrida e participar de uma São Silvestre. E parafraseando o jargão de um personagem que fez parte da minha infância, aí eu vou querer “medalha, medalha, medalha” (Butle-Corrida Maluca).  

(Sandra Vitorino - Julho/2013)